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Salvador: Projeto de Suíca que muda nome da Praça Visconde de Cairu para Maria Felipe vira polêmica na Câmara de Vereadores

13 de Dezembro de 2023 - Politica Livre
[Salvador: Projeto de Suíca que muda nome da Praça Visconde de Cairu para Maria Felipe vira polêmica na Câmara de Vereadores]

Disputa de nomenclatura: Projeto de renomeação da praça Visconde de Cairu gera acriridade na Câmara. / Foto Divulgação

O projeto do vereador Luiz Carlos Suíca (PT) que muda o nome da Praça Visconde de Cairu, no Comércio, para Maria Felipe gerou polêmica na sessão desta segunda-feira (11) da Câmara Municipal de Salvador. O vereador Alexandre Aleluia (União) fez um discurso duro contra a iniciativa, que foi defendida pela líder da oposição, vereadora Laina Crisóstomo (Psol).

Na justificativa da proposição, Suíca ressaltou a história de Maria Felipe, escrava liberta que lutou pela independência da Bahia em Itaparica e que ganhou um monumento ao lado do Mercado Modelo, na praça ainda chamada de Visconde de Cairu. O petista ressaltou que ela foi uma “heroína da independência” e, por isso, merece uma homenageam ainda maior, sobretudo porque os feitos de Maria Felipa sobreviveram ao tempo mesmo sem registros documentais.

Aleluia disse que vai trabalhar para que o projeto seja rejeitado antes mesmo de chegar ao plenário, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele afirmou que Visconde de Cairu, que faleceu em 1835, foi um intelectual que tinha apreço pela liberdade econômica, que abriu os portos no Brasil e revogou a proibição de manufaturas produzidas no país. “Ele foi um difusor das ideias liberais. Esse é um projeto perigosíssimo e essa Casa não pode permitir que o nome de Visconde de Cairu seja retirado da praça no Comércio”, frisou o Aleluia.

Laina argumentou que não há desrespeito em mudar o nome da praça histórica. “Maria Felipa não foi qualquer mulher. Precisamos resgatar o papel dela para a nossa história. Desrespeitosa foi a escravidão. E é assustador e perverso perceber que o racismo continua tocando nossos corpos ainda de forma mais violenta”. 

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