Política

Suíca defende ampliação de cotas nas universidades

21 de Março de 2019 - Redação Pernambués agora
[Suíca defende ampliação de cotas nas universidades]

Vereador rebate projeto que defende fim da política de reparação nas instituições de ensino

“As cotas raciais são uma reparação histórica para a população negra. Não retrocederemos mais, nós entramos nas universidades e vamos permanecer nelas. Nossa luta é pela ampliação das cotas e por mais políticas de permanência. Esse país tem uma dívida histórica com o povo negro”. A fala é do vereador e vice-líder da oposição na Câmara de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), sobre o projeto da deputada estadual Dayane Pimentel (PSL).
Para o parlamentar, não se trata de conflitos sociais e sim de reparação social.  “O projeto não dialoga com a realidade do país”, argumenta.
Racismo 
“É como se essas pessoas brancas vivessem na Suíça. Esquecem da história de seu próprio país. Aqui a maioria da população é negra. Tiveram seus direitos negados por muitos anos. Temos de ampliar o acesso a universidades para aqueles que foram historicamente excluídos. Queremos as cotas e queremos o Prouni e o FIES (programas de financiamento estudantil) reforçados também”, afirmou o vereador.
A lei de cotas está em vigor desde 29 de agosto de 2012, quando foi sancionada pela então presidente Dilma Rousseff. Essa lei assegura que metade das vagas deve ser destinada a estudantes com renda familiar igual ou inferior a um e meio salário mínimo por pessoa.

As cotas raciais são proporcionais à população de pretos, pardos e indígenas de cada unidade da federação. Suíca ainda critica o fato da deputada utilizar um trecho da Constituição Federal para justificar seu projeto.
“Utilizam da Constituição para querer fazer valer uma peça preconceituosa. A Carta Magna diz que é preciso o bem de todos independente da raça, cor, origem, sexo ou idade. Mas não é o que vemos atualmente no Brasil. O que vemos é a perpetuação da superioridade branca. Esse projeto é um exemplo disso. Aqui o povo negro luta para não ter de enfrentar racismo até em um atendimento a banco”, completou Suíca.

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