Presidente do PSL, de Bolsonaro, usou laranja na campanha, diz jornal
10 de Fevereiro de 2019 - Redação Pernambués agora
De acordo com a Folha de S. Paulo, a candidatura da deputada federal de Maria de Lourdes Paixão, 68, recebeu R$ 400 mil de dinheiro público na eleição do ano passado; ela recebeu apenas 274 votos
O grupo do presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), que acaba de ser eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, teria criado uma candidata laranja no seu estado para repassar verbas públicas a outras candidaturas. Maria de Lourdes Paixão, de 68 anos, foi a terceira candidata que mais recebeu dinheiro do fundo partidário na sigla, mas amealhou apenas 274 votos. No total, ela recebeu R$ 400 mil, mais que o próprio presidente Jair Bolsonaro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O dinheiro do fundo partidário do PSL, informa a reportagem, foi enviado pela direção nacional da sigla para a conta da candidata em 3 de outubro, quatro dias antes da eleição. Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, era presidente interino da legenda e coordenador da campanha de Bolsonaro. Bivar era candidato a deputado pela sigla em Pernambuco. Ele foi eleito.
No caso de Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas, em 7 de outubro.
Cada um dos quatro panfleteiros que ela diz ter contratado teria, em tese, a missão de distribuir, só de santinhos, 750 mil unidades por dia – mais especificamente, sete panfletos por segundo, no caso de trabalharem 24 horas ininterruptas.
Esta é a segunda denúncia de supostas candidaturas laranja levadas a cabo pelo partido do presidente da República para desviar dinheiro do fundo partidário. Em outro episódio, o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, teria usado candidaturas laranja para desviar recursos do fundo partidário nas eleições de 2018 em seu estado, Minas Gerais.
Teriam sido investidos R$ 279 mil de dinheiro público, por meio do fundo partidário, em quatro candidaturas que conseguiram poucos votos: Lilian Bernardino, Mila Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar. Desse valor, R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.
Comentários
Outras Notícias
Suíca anuncia avanço do PL 4146 e reforça que profissionais da limpeza caminham para uma valorização histórica
19 de Novembro de 2025Pré-candidato destaca parecer favorável na CCJ, agradece apoio de deputados baianos e pede união para aprovação definitiva do projeto
Anvisa suspende suplemento Ki-Fit-Turbo após registros de efeitos adversos graves
19 de Novembro de 2025Foto: Reprodução Mercado Livre
SCREAM Festival confirma 8ª edição gratuita em Salvador e destaca tendências para 2025 e 2026
19 de Novembro de 2025Foto: Divulgação
Salvador alcança melhor desempenho do país na execução de recursos da Política Aldir Blanc
19 de Novembro de 2025Foto: Divulgação
Brasil pode levar 16 anos para reduzir totalmente desigualdade racial na conclusão do ensino médio, indica estudo
19 de Novembro de 2025Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Bahia tem o 3° maior crescimento de empregos na Enfermagem
18 de Novembro de 2025Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Vídeos
Vídeo: Bolsonaro dá chilique em entrevista após TSE decretar sua inelegibilidade por 8 anos
30 de Junho de 2023
Motociclista entra em contramão e bate de frente com outra moto no interior da Bahia; veja o...
28 de Fevereiro de 2023