Fofoca

Extração ilegal de areia continua em bairro de Jauá

11 de Março de 2014 - Piatã

Por volta de 17h de segunda-feira (10), duas novas caçambas eram abastecidas com o mineral no mesmo local da denúncia (bairro Bela Vista de Jauá)

Lúcio Távora/ A Tarde

A matéria publicada no último domingo, 9, em A TARDE, denunciando a extração ilegal de areia em dunas de Jauá, levou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) a encaminhar fiscais ao local na manhã de segunda-feira, 10. Entretanto, equipe do jornal constatou que a ação criminosa na área de preservação ambiental (APA) continuou ontem mesmo.

Por volta de 17h, duas novas caçambas eram abastecidas com o mineral no mesmo local da denúncia (bairro Bela Vista de Jauá).

A assessoria do Inema não divulgou o resultado da operação realizada pela manhã, mas informou que vem fazendo fiscalizações frequentes em Jauá e em outros areais, conjuntamente com a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa).

Segundo moradores de Jauá, parte da areia é comercializada na Vava Materiais de Construções, no distrito de Areias, também em Camaçari. Por volta das 17h30, a loja estava fechada.

O dono de uma residência localizada na entrada de Jauá confessou que comercializa areia, mas negou que o produto seja ilegal.

Nos anos de 2012 e 2013, o Inema realizou oito operações de fiscalização em Camaçari, que resultaram em apreensão de caçambas e na condução de infratores a uma delegacia da Polícia Civil.

Conforme assessoria de comunicação do órgão, é preciso que as operações sejam realizadas por outras instâncias de caráter investigativo para que o esquema seja desfeito, já que continua, mesmo com as apreensões.

A Polícia Federal (PF) informou que tem 80 inquéritos em andamento relacionados à extração ilegal do mineral, a maioria concentrada em Simões Filho, Camaçari, Dias D'Ávila e Mata de São João.

Entretanto, a PF alegou não poder fornecer detalhes para não atrapalhar o andamento das investigações.

Impactos

A retirada clandestina de areia causa grandes impactos ao ecossistema da região, segundo o gestor da APA-Joanes Ipitanga, Geneci Braz. Ele explica que as dunas suportam a restinga, mata característica da zona costeira de Jauá.

"A escavação provoca desequilíbrio tanto na flora como na fauna, além de causar impacto visual", afirma.

Geneci Braz diz que o local abriga espécies de aves migratórias, anfíbios e répteis. As informações são do A Tarde.

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