Cultura

Prêmio Maria Felipa 2021 homenageia mulheres negras que lutam por direitos e contra o racismo

27 de Julho de 2021 - Redação Pernambués agora
[Prêmio Maria Felipa 2021 homenageia mulheres negras que lutam por direitos e contra o racismo ]

Honraria, concedida há mais de dez anos, acontece no dia 25 de julho, data que marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

O Prêmio Maria Felipa, uma das mais importantes honrarias concedidas a mulheres negras que se destacam na luta xontra o racismo, ocorreu no último domingo( 25) de forma remota pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia da Covid-19. A honraria acontece no dia 25 de julho, data que marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. 

Inspirado na figura feminina de uma das maiores líderes da Independência da Bahia, o prêmio Maria Felipa 2021 homenageou mais de 20 mulheres negras que atuam em diversos setores e são ativas na luta por direitos, representatividade e no combate ao racismo em Salvador. 

O evento foi conduzido pela iniciativa da presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), que ressalta a importância da premiação para a capital baiana. 

Na edição atual, 26 mulheres foram premiadas, entre elas, a pesquisadora Bárbara Carine Soares Pinheiro, premiada através da indicação do presidente da Comissão de Reparação da Câmara Municipal, Luiz Carlos Suíca, que reconhece a pesquisadora como destaque na luta por direitos e contra contra racismo em Salvador. " Bárbara é representatividade  e inspiração para que as mulheres negas da capital baiana continuem lutando para conquistar o seu espaço e batalhar contra o racismo irradiado em nossa sociedade, frisa o edil petista 

Premiadas: a advogada Dandara Pinho; a inspetora da Guarda Civil Municipal, Jussimara Viana; a vereadora Cris Correia; a dermatologista Hadassa Barros; a administradora e ativista Itaijara Souza; a cantora Lizandra Gonçalves; a comandante da Ronda Maria da Penha da PM, major Tereza; a pesquisadora Bárbara Carine Soares Pinheiro; a empresária Nay Megas; a titular da SPMJ, Fernanda Lordelo; a prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga; a psicóloga Jeane Tavares; a dançarina Sara Verônica; a empresária Flávia Santana; a psicóloga Mafoane Odara; e as jornalistas Hamali Pestana (editora da Revista Raça), Tairine Ceuta, Lorena Alves, Luana Souza, Georgina Maynart e Yasmin Santos.   

“Sempre fazemos o possível para promover um evento digno da importância do tema e dessas verdadeiras guerreiras. Mas, como no ano passado, a pandemia nos obrigou a realizar a cerimônia de forma on-line. Embora as condições não sejam as ideais, não podíamos nos render ao silêncio, principalmente quando vemos crescer uma situação cada vez mais desfavorável às mulheres negras, como o desemprego e o aumento da violência em meio à pandemia”, diz Ireuda. 

Do total de premiadas, seis são jornalistas. Para a vereadora o fato mostra a importância da comunicação na conjuntura atual. 

Quem foi Maria Felipa? 

Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia. Em 1823, liderou um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas. 

 

Pernambues Agora com informações: Ascom Ireuda/Alma Preta - Jornalismo preto e livre

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