Bahia

Câmara de Salvador aprova sessão do Dia de Deus, mas rejeita criação de frente sobre direitos sexuais

06 de Junho de 2023 - Politica Livre
[Câmara de Salvador aprova sessão do Dia de Deus, mas rejeita criação de frente sobre direitos sexuais]

Ao mesmo tempo em que foi aprovada a realização de uma sessão especial em homenagem ao Dia de Deus, também foi rejeitada a criação de uma frente parlamentar sobre direitos sexuais e reprodutivos.

FOTO: Valdemiro Lopes/CMS

Não faltou polêmica na sessão desta segunda-feira (5) da Câmara Municipal de Salvador. Ao mesmo tempo em que foi aprovada a realização de uma sessão especial em homenagem ao Dia de Deus, também foi rejeitada a criação de uma frente parlamentar sobre direitos sexuais e reprodutivos.

As discordâncias ideológicas em plenário começaram quando a oposição votou contra uma moção de aplauso apresentada pelo vereador Isnard Araújo (PL) à proposta apresentada na Câmara Federal pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) que amplia a imunidade tributária para tempos religiosos de qualquer denominação.

“Não entendo porque a oposição votou contra. Quero ver como eles vão explicar depois quando a medida beneficiar os diversos segmentos religiosos, inclusive terreiros de candomblé”, protestou Isnard, que é membro da Igreja Universal do Reino de Deus, assim como Crivella. Apesar dos votos contrários da bancada da minoria, o texto foi aprovado.

Os vereadores aprovaram ainda a realização de uma sessão especial em comemoração ao Dia de Deus, no dia 14 de junho. A proposta foi apresentada pela vereadora Débora Santana (Avante), que também representa o segmento evangélico. “Não entendi essa proposta. Só devemos celebrar a Deus durante um dia?”, indagou o vereador Suíca (PT). Vários outros edis questionaram a proposição em plenário.

Na sequência, a Câmara rejeitou a proposta da líder da oposição, Laina Crisóstomo (Psol) que criava a Frente Parlamentar Mista de Direitos Sexuais e Reprodutivos. Também foi rejeitada a criação da Frente Parlamentar Mista por uma Nova Política de Drogas. No caso da última proposição, o argumento usado pelos que votaram contrários, liderado pelo vereador Ricardo Almeida (Podemos), foi que já há um grupo que trata do tema no Legislativo municipal.

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