Câmara de Salvador lança Frente Parlamentar Mista em defesa da Petrobras
29 de Outubro de 2019 - Redação Pernambués agora
“O objetivo é envolver a sociedade civil, não ficar apenas na Casa, mas sair em mobilização”
Preocupados com os empregos que serão perdidos com a privatização da Petrobras e com a econômica, os vereadores de Salvador tomaram a iniciativa, na liderança do vereador Moisés Rocha (PT), e lançaram nesta terça-feira (29), a Frente Parlamentar Mista em defesa da Petrobras no Estado. A audiência pública aconteceu no Plenário Cosme de Farias.
O projeto de resolução 127/19 foi aprovado na CMS, com o objetivo de impedir o encerramento das operações da Petrobrás na Bahia, cujo processo foi iniciado com a desocupação do edifício Torre Pituba, o plano de desocupação seria concluído até o final de dezembro deste ano, porém a justiça barrou a desocupação. Já a empresa justifica o encerramento das operações como uma estratégia de redução de custos que ocorre em todos os processos e atividades, inclusive em gestão predial da torre.
Além do edifício Torre Pituba em Salvador, estavam sendo desocupados os edifícios Ventura, no Centro do Rio de Janeiro, e o Novo Cavaleiros, em Macaé. A Petrobras já desocupou o Edisp, em São Paulo. A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobrás será presidida pelo vereador Moisés Rocha (PT), que já trabalhou na empresa como instrumentista, tem como vice-presidente a vereadora Marta Rodrigues. Os demais membros são Luiz Carlos Suíca (PT), Marcos Mendes (PSOL), Odiosvaldo Vigas (PDT), Sidninho (Podemos), Téo Senna (PHS), Toinho Carolino (Podemos), Henrique Carballal (PV) e Kiki Bispo (PTB).
De acordo com o projeto, quem irá compor a Frente Parlamentar serão: associações, sindicatos, universidades, órgãos técnicos e pessoas físicas que tenham como pautas essa resolução.
Moisés Rocha explica que essa frente parlamentar mista atuará em parceria com outras frentes parlamentares, em outros níveis no país.
“Essa frente parlamentar vai atuar em parceria com a frente lançada na Câmara Federal pelo deputado Nelson Pelegrino (PT) e a frente da Assembleia Legislativa que vai ser criada em breve pelo deputado Marcelino Galo (PT), além da sociedade civil, sindicatos e associações que trabalham dia a dia com a Petrobras. O objetivo é envolver a sociedade civil, não ficar apenas na Casa, mas sair em mobilização”, explica o petista.
A preocupação com a economia de Salvador e do estado é um dos pontos centrais entre os parlamentares, segundo Moisés. Ele explica que a Petrobras possui uma cadeia produtiva completa na Bahia, gerando grande arrecadação no estado e também em Salvador, pois algumas dessas instalações estão na capital como o prédio do Ediba. Para o vereador, a saída da estatal do estado influenciará fortemente a economia de Salvador, principalmente daqueles que dependem de forma indireta do funcionamento de instalações como o Ediba.
“Existe uma cadeia muito grande do Sistema Petrobras aqui na Bahia, com um potencial muito grande de arrecadação para o estado e consequentemente para Salvador, porque a Petrobras também possui instalações na cidade. Quando fecham o prédio Ediba, aquele trabalhador que saía para almoçar em restaurante ali do lado, para fazer lanches ou fazer compras, deixa também de movimentar a economia da região”, disse.
Moises ainda criticou a política de preços que vem sendo usado na Petrobras e que tem causado sucessivos aumentos, em diversos combustíveis e outros produtos produzidos pela estatal. O vereador ainda diz que defender a manutenção da Petrobras, é defender a soberania nacional e que isso deve ser explicado a sociedade civil, que segundo ele, muitos acreditam que “toda essa mobilização é devido a uma campanha salarial da categoria, o que não procede”.
O coordenador geral do Sindicato Petroleiro da Bahia-Sindipetro, Jairo Batista, falou da importância dos debates e da Frente criada na CMS. “Essa audiência não deixa de ser mais uma trincheira de luta para aqueles que acreditam que a Petrobras é uma empresa pública com capacidade de geração de riqueza, desenvolvimento e conhecimento imprevisível para um país se desenvolver. A reunião é uma fortificação para que os trabalhadores e todos atores da sociedade, que acreditam na Petrobrás, é mais um momento de defesa e luta pela permanecia no Estado da Bahia”, concluiu o coordenador.
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