Aumento de ônibus pode aumentar para 4 reais e preocupa população
12 de Março de 2019 - Evilasio Sacramento
Prefeitura e empresários entram em consenso ainda este mês
Empresários e prefeitura já discutem o possível aumento no valor do transporte coletivo. O bolso dos usuários desse transporte, sofrerá um gasto de R$0,30 nos próximos dias.
Em entrevista ao site Pernambués Agora, segunda-feira (11), o vereador Hélio Dias (PCdoB) questionou o possível aumento da tarifa de ônibus “Como parlamentar, falando como cidade, acho que o aumento da tarifa deveria passar pela câmara municipal dos vereadores e não passa. Hoje, a tarifa pode sofrer um aumento por um decreto do prefeito sem passar por nós vereadores para que possamos discutir um valor justo para a população. A população de salvador tem sua maioria pobre, que não tem condições de pagar uma tarifa”, defendeu.
Promessa
O prefeito ACM Neto (DEM) prometeu a população, em sua primeira gestão, uma nova reestruturação dos ônibus, oferecendo assim, uma melhor condição como ar condicionado nos transportes e melhor segurança. Essas promessas ainda não foram concretizadas.
O edil Hélio afirma ter apresentado propostas para que possa amenizar os problemas do transporte público de Salvador: “Eu tenho propostas mais avançadas para a população. Criar tarifas sociais para a população baixa renda que não tem condições de pagar, como idoso, desempregados e pra isso, eu apresentei a casa o fundo de mobilidade urbana para que colhêssemos os impostos através do transporte para criar a tarifa social para as pessoas da comunidade que precisa. O fundo de mobilidade poderia resolver tudo isso. Foi uma indicação minha no início do mandato, apresentado com esse fim, não foi aceita, mas foi apresentado ao executivo.
Como presidente do sindicato, o edil informou que não pode se envolver nessa questão do aumento da tarifa: “Nossa relação como sindicalista é no capital do trabalho e nos direitos dos trabalhadores, o que não envolve nesse debate, concluiu”.
População
Jadson Pinheiro, estudante de apenas 18 anos, em entrevista ao Pernambués Agora, na tarde desta terça-feira (12), questionou sobre o aumento do preço: “Não acho justo. Não tem segurança nos ônibus. Podemos sofrer assalto a qualquer momento. Os ônibus não têm estrutura, os horários não são cumpridos e o valor é absurdo.
O jovem conta que em sua casa, seis pessoas são dependentes desse transporte precário em que o valor não compensa com o serviço ofertado. Sua mãe, Vânia Teixeira, 41 anos é responsável por pagar o transporte para que seus familiares possam trabalhar e estudar. São R$42 diariamente para cumprir com as atividades.
Uma nova reunião entre as partes e o Ministério Público será marcada ainda este mês.
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