Saúde

Bebê pode ter nova doença ligada ao zika

11 de Dezembro de 2015 - Maryane Meira

Em um período de 15 dias, 20 crianças com até oito meses de vida tiveram os corpos cobertos por bolhas, que se transformaram em feridas. Nenhuma tem microcefalia

3y0x8m8oo7_5yk3ikus64_file Médicos do Huoc (Hospital Universitário Oswaldo Cruz), ligado à Universidade de Pernambuco, da rede estadual de ensino, investigam o surgimento de novo quadro viral que pode estar ligado ao zika vírus ou ao chikungunya. Em um período de 15 dias, 20 crianças com até oito meses de vida tiveram os corpos cobertos por bolhas, que se transformaram em feridas. Nenhuma tem microcefalia. A infectologista Regina Coeli Ferreira Ramos, do Huoc, conta que os bebês apresentaram sintomas como febre, irritabilidade e manchas vermelhas. Em três dias, essas manchas evoluíram para bolhas e depois viraram feridas, que chegam a tomar área extensa dos corpos. Os médicos que atenderam os pacientes suspeitam que seja uma arbovirose (vírus transmitidos por artrópodes, como os mosquitos). "Estamos avaliando se é zika ou chikungunya, porque estamos passando por surtos dessas doenças." A médica integra a equipe que está estudando os casos e criando um protocolo de atendimento para esses bebês. Foram coletadas amostras de sangue e do liquor (líquido da medula). Os resultados deverão ser conhecidos na próxima semana. Também foi levantado o histórico da gestação. O protocolo de atendimento estabelecerá os cuidados que os médicos terão com esses bebês. Uma das discussões é com relação ao uso de antibióticos. "Quando essas bolhas estouram, deixam a pele sensível e aberta a infecções." Regina, que participou no Rio de seminário organizado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj), explicou que não há nenhuma relação com microcefalia. "As crianças são saudáveis, nasceram com perímetro cefálico dentro da normalidade", afirmou. A Secretaria de Saúde de Pernambuco confirmou o surgimento e investigação desses casos. A infectologista Heloísa Ramos Lacerda de Melo, coordenadora científica da Sociedade Brasileira de Infectologia e ex-presidente da Sociedade Pernambucana de Infectologia, disse que os sintomas não são tradicionais de nenhuma virose. "O que está se imaginando é que é um quadro novo. Não se parece com as viroses clássicas, como dengue, citomegalovírus, infecção por HIV, hepatite. Não há nenhuma virose conhecida que tenha quadro tão intenso. É possível que essas crianças tenham tido contato com zika."

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