Da Cor da Bahia: conheça história da yalorixá que abriu as portas do terreiro para o 1º bloco afro do Brasil
13 de Novembro de 2023 - Redação Pernambués agora
Especial do g1 durante mês dedicado à Consciência Negra destaca histórias de baianos que se tornaram referências em suas atividades. / Foto: Redes sociais
Nascida em Salvador, em 1923, Hilda Dias dos Santos, a Mãe Hilda foi uma yalorixá, ativista, educadora e figura determinante na criação do bloco afro Ilê Aiyê. Conselheira e líder, Mãe Hilda abriu as portas de seu terreiro não só para o primeiro bloco afro do Brasil, mas também para educar as crianças do bairro e marcou época em defesa das tradições africanas.
Referência e inspiração para o bloco Ilê Aiyê, Mãe Hilda era considerada uma mulher de autoridade "lenta, macia e sútil", como define a ex-secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana. Iniciada no candomblé por conta de um problema de saúde, fundou em 1950 o terreiro que liderou até sua morte em 2009.
Nesta reportagem, o g1 conta curiosidades sobre a mulher que decidiu ir para a rua acompanhar o filho, Antônio Carlos 'Vovô', que ao lado de Apolônio de Jesus e amigos, criou o primeiro bloco afro do Brasil. Mãe Hilda dizia que caso houvesse algum tipo de repressão policial ao bloco que desfilou no carnaval pela primeira vez em 1975, ela e não os filhos sairiam presos.
terreiro. Sem registro oficial, a escola funcionou inicialmente como 'banca', nome dado ao reforço escolar na Bahia.
De 1988 até 2004 a escola funcionou no Barracão, até ser inserida na construção da sede do bloco. Atualmente a Escola Mãe Hilda atende crianças do 1º ao 5º ano.
Filhos e amigos, como a ex-secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana definem Mãe Hilda como uma mulher de "autoridade lenta, macia e sútil".
Ao longo de sua vida, Mãe Hilda se tornou uma espécie de conselheira da comunidade e uma grande incentivadora da educação.
Liderança sociocultural do bairro, se tornou uma referência para a comunidade negra e religiosa.
Mãe Hilda morreu em 19 de setembro de 2009, aos 86 anos.
A yalorixá dá nome à unidade de saúde do bairro do Curuzu.
O circuito carnavalesco entre o Curuzu e o Plano Inclinado da Liberdade, onde desfilam o Ilê e outras entidades no carnaval, também leva o nome de Mãe Hilda Jitolu.
Em 2023, por conta das celebrações do seu centenário, foi criado o Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu.
Ao longo da história do estado onde o nasceu o Brasil, o povo negro esteve sempre em posição de destaque nas mais diversas áreas de atuação. Neste mês da Consciência Negra, o g1 publica a série especial "Da Cor da Bahia". As reportagens lembram personagens negras e negros importantes na história do Brasil ao mesmo tempo em que destaca personalidades da contemporaneidade inspiradas por eles ou que têm trajetórias similares.
Comentários
Outras Notícias
Após anunciar separação, Ivete Sangalo ganha abraço coletivo do público em show histórico em Salvador
02 de Dezembro de 2025Foto: X
Nova lei torna água potável e saneamento básico direitos fundamentais de estudantes em todo o país
02 de Dezembro de 2025Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
Djavan celebra 50 anos de carreira com show na Arena Fonte Nova; veja preços dos ingressos
02 de Dezembro de 2025Foto: Divulgação
Lula anuncia isenção do IR até R$ 5 mil e prevê impacto de R$ 28 bilhões na economia em 2026
02 de Dezembro de 2025Foto: Reprodução / Youtube
VLT recebe licença prévia do Inema e obras avançam na região da Baixa do Fiscal
01 de Dezembro de 2025Foto: Joá Souza/GOVBA
Músico revela gravação de Ivete Sangalo com Shawn Mendes durante estadia do cantor em Salvador
01 de Dezembro de 2025Foto: Instagram
Vídeos
Vídeo: Bolsonaro dá chilique em entrevista após TSE decretar sua inelegibilidade por 8 anos
30 de Junho de 2023
Motociclista entra em contramão e bate de frente com outra moto no interior da Bahia; veja o...
28 de Fevereiro de 2023