Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O envelhecimento da população brasileira está trazendo novos desafios ao planejamento orçamentário, especialmente em saúde e educação. De acordo com simulações do Tesouro Nacional, as despesas com saúde devem aumentar em R$ 67,2 bilhões até 2034, enquanto a demanda por educação pode sofrer uma expansão mais modesta, com uma redução projetada de R$ 23 bilhões no período.
Essas estimativas refletem a transição demográfica em curso no país, com o crescimento da população idosa e a diminuição da proporção de jovens. Em 2046, a expectativa é que haja 32,4 idosos para cada 100 pessoas em idade ativa, colocando pressão adicional sobre o financiamento de serviços essenciais, como o Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o Brasil investe 4,5% do PIB em saúde, abaixo da média de 7% dos países da OCDE.
Especialistas alertam para a necessidade de soluções que garantam o equilíbrio entre os gastos com saúde e educação. Propostas como a unificação dos pisos orçamentários dessas áreas enfrentam resistência, mas a busca por maior eficiência no uso dos recursos é fundamental diante do cenário demográfico. Para que o Brasil continue a avançar em qualidade educacional e atendimento à saúde, será necessário um compromisso político que privilegie o investimento sustentável e a equidade.