Brasil

Santas casas acusam Congresso de irresponsabilidade com piso da enfermagem

28 de Fevereiro de 2023 - Folha Press
[Santas casas acusam Congresso de irresponsabilidade com piso da enfermagem]

No fim do ano, após o ministro Luís Roberto Barroso suspender o piso, os parlamentares aprovaram uma fonte de custeio que utilizaria recursos do superávit de fundos públicos e do Fundo Social ligado ao pré-sal.

FOTO: Rovena Rosa/EBC

Em manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal), a CMB (confederação que representa as santas casas) acusou o Congresso de irresponsabilidade ao votar o piso da enfermagem e, posteriormente, uma emenda constitucional, mesmo sabendo que sem um financiamento adicional os hospitais não teriam como pagar os salários dos trabalhadores.

A CMB afirma que o Congresso não avaliou as consequências do novo piso, violou o pacto federativo e criou “vícios insanáveis”. No fim do ano, após o ministro Luís Roberto Barroso suspender o piso, os parlamentares aprovaram uma fonte de custeio que utilizaria recursos do superávit de fundos públicos e do Fundo Social ligado ao pré-sal.

A liberação desses recursos precisa ser destravada por uma medida provisória, ainda sem previsão de publicação pelo governo Lula, que calcula o impacto fiscal do texto. O dinheiro vai custear hospitais públicos, filantrópicos e redes privadas que atendem pelo menos 60% dos pacientes pelo SUS.

A CMB afirma que pareceres na Câmara e no Senado destacavam que seria impossível para estados e municípios cumprirem o piso sem um auxílio financeiro. A aprovação do projeto de lei e, mais tarde, da emenda constitucional, representariam, segundo a entidade, uma “confissão de culpa do Congresso Nacional de que não houve análise do impacto financeiro decorrente da implementação do piso da enfermagem e de como sua eficácia poderia colapsar a saúde brasileira”.

“Dessa forma, ao aprovar lei que tinha o potencial de colapsar a saúde brasileira, o Congresso Nacional agiu de forma irresponsável sob a perspectiva não apenas financeira, mas também institucional”, diz a CMB no documento enviado ao Supremo neste mês.

“Foram tomadas medidas apenas paliativas, no sentido de permitir o financiamento dos gastos por cinco anos com uma fonte de custeio que não se pode reputar sustentável”, afirma a CMB sobre a escolha dos parlamentares em repassar dinheiro dos fundos aos hospitais.

Após a aprovação da emenda constitucional, o Congresso pediu ao Supremo que a medida cautelar fosse suspensa. A alegação era que o problema do custeio estava resolvido, o que a CMB contesta.

O piso foi sancionado em agosto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e suspenso por Barroso em setembro. As associações que representam os hospitais tentam derrubar no Supremo a lei que estabeleceu remuneração mínima de R$ 4.750 para enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50%

 

Comentários

Outras Notícias

[Festival da Primavera celebra Raul Seixas com tributo no Rio Vermelho]
Cultura

Festival da Primavera celebra Raul Seixas com tributo no Rio Vermelho

19 de Setembro de 2025

Foto: Ariel Severino/Divulgação

[Hacker que ameaçou youtuber Felca é preso em operação da Polícia Civil no RS]
Justiça

Hacker que ameaçou youtuber Felca é preso em operação da Polícia Civil no RS

19 de Setembro de 2025

Foto: YouTube

[SBT projeta expansão no esporte e pode disputar Libertadores e Copa do Brasil em 2027]
Esportes

SBT projeta expansão no esporte e pode disputar Libertadores e Copa do Brasil em 2027

19 de Setembro de 2025

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo | Divulgação/SBT | Divulgação/Flamengo

[Mutirão de especialistas na Bahia garante mais de 3,6 mil atendimentos em um único dia]
Brasil

Mutirão de especialistas na Bahia garante mais de 3,6 mil atendimentos em um único dia

19 de Setembro de 2025

Foto: Divulgação Agência Brasília

[Mutirão de especialistas na Bahia garante mais de 3,6 mil atendimentos em um único dia]
Saúde

Mutirão de especialistas na Bahia garante mais de 3,6 mil atendimentos em um único dia

18 de Setembro de 2025

Foto: Divulgação / Ministério da Saúde

[Medicamentos contra anemia aprovados em 2023 ainda não chegaram à rede pública]
Saúde

Medicamentos contra anemia aprovados em 2023 ainda não chegaram à rede pública

18 de Setembro de 2025

Foto: Divulgação / Ministério da Saúde