Baiana, Vera Lúcia Santana pode ser primeira juíza negra do TSE
06 de Maio de 2022 - Uol
Vera Lúcia e outros dois nomes foram indicados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
A advogada baiana Vera Lúcia Santana de Araújo é a primeira mulher negra a constar na lista tríplice dos nomes indicados para uma vaga de ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A lista será enviada ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem cabe a escolha.
Vera Lúcia e outros dois nomes foram indicados pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os outros nomes indicados para ocupar a vaga deixada por Carlos Velloso Filho, que renunciou ao cargo no mês passado, são os advogados André Ramos Tavares, que obteve nove votos, e Fabrício Medeiros, com oito. Vera está em terceiro lugar na lista tríplice, com sete votos.
Bolsonaro é obrigado a seguir a lista tríplice, mas pode escolher qualquer um dos três candidatos. Não há prazo para a decisão, que pode sair, inclusive, depois das eleições, ou até mesmo ser tomada por um possível novo presidente.
Entre as atribuições dos ministros do TSE estão o julgamento de processos sobre propagandas eleitorais, a fiscalização e a garantia das eleições e o combate às fake news no pleito.
História de superação
Vera Lúcia tem 62 anos e nasceu em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia. Neta de lavadeira e filha de professora, ela foi para Brasília, aos 18 anos, para estudar. Em entrevista ao "Correio Braziliense" em novembro de 2019, Vera contou que o trabalho da avó garantiu a possibilidade de seguir com os estudos.
"Como ela foi lavadeira de famílias importantes, conseguiu espaço para que minha mãe estudasse e, depois, nós também. Naquele tempo e em uma cidade pequena, a escola era só para os brancos", relatou.
Em Brasília, Vera decidiu prestar vestibular para Direito e foi aprovada no UniCeub. Na faculdade, se aproximou do movimento estudantil durante a ditadura militar e fez estágio na Defensoria Pública.
Entre as funções públicas que ela já exerceu está a de secretária-adjunta de Igualdade Racial do Distrito Federal e diretora-executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), também no Distrito Federal, na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB).
Hoje, ela se dedica à advocacia com foco nas questões envolvendo o racismo. É ativista da Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno e integrante da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).
Comentários
Outras Notícias
Enel diz que fornecimento de energia deve ser normalizado até amanhã
13 de Dezembro de 2025Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Candidatos negros do CNU precisam passar por etapa de confirmação
13 de Dezembro de 2025Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Saúde libera mosquitos estéreis para frear reprodução do Aedes
13 de Dezembro de 2025Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Jovens de 25 a 29 anos registram maior taxa de internações por transtornos mentais na Bahia
12 de Dezembro de 2025Foto: Imagem ilustrativa — Marcello Casal/Agência Brasil
‘O Agente Secreto’ lidera lista de melhor filme de 2025 em jornal dos EUA
12 de Dezembro de 2025Foto: Divulgação / Cinema Scorpio
CBF avalia reduzir número de atletas estrangeiros permitidos na Série A
12 de Dezembro de 2025Foto: Reprodução / Instagram
Vídeos
Vídeo: Bolsonaro dá chilique em entrevista após TSE decretar sua inelegibilidade por 8 anos
30 de Junho de 2023
Motociclista entra em contramão e bate de frente com outra moto no interior da Bahia; veja o...
28 de Fevereiro de 2023