Bahia

Moradores do Quilombo Quingoma protestam por dificuldade no enfrentamento ao Covid-19

26 de Junho de 2020 - Evilasio Sacramento
[Moradores do Quilombo Quingoma protestam por dificuldade no enfrentamento ao Covid-19]

Na manhã desta sexta-feira (26), moradores do Quilombo Quingoma, Lauro de Freitas, protestaram por enfrentar dificuldades no embate do novo coronavírus.

De acordo com a denúncia, muitos ainda não tem água potável disponibilizado pelo órgão público e que a única fonte de água que eles têm para a sobrevivência diária é o rio Cabo Sul, onde, segundo relato, ja está em processo de secagem. Um outro problema que os moradores enfrentam é a falta de emergência médica. Eles informaram que não existe posto de saúde perto e que estão vulneráveis, já que água, sabão e um posto médico são grandes aliados nesse combate ao vírus. 
“Na realidade a água chegou a pouco tempo. Antes do covid, ficávamos sem água, mas todo mês vem a conta e a gente paga. Agora, ficamos dois, três dias sem água. Para combater o coronavírus não é só álcool em gel e máscara, água e sabão também é necessário”, disse Rejane Rodrigues, líder do Quilombo Quingoma de Fora. 
Gabriela Menezes, quilombola, também denunciou a situação da energia do local. “A Coelba já veio nos intimidar, em meio a pandemia, onde muitos ainda não estão trabalhando, se encontram desempregados já que a maioria foi demitido e, nessa situação, eles querem começar a cobrar valor na energia. Aqui não temos condições. Nossa iluminação é tudo na nossa vida já que não temos água potável. Tiramos água da nascente. Imagine a conta de energia quão cara não vai vim?”, disse. 
COMÉRCIO
Próximo ao local, na Via Metropolitana, foi construído o Hospital Metropolitano, de grande porte. Segundo moradores, no momento, ele será destinado aos pacientes com coronavírus. Muitos residentes começaram a vender lanches e insumos para os trabalhadores do local. Eles informaram que foram expulsos e proibidos de vender. Os líderes da comunidade pedem que as autoridades liberem o “ganha pão” dos quilombolas.

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