Saúde

Teste revela fraude em azeites de oliva

07 de Novembro de 2013 - Piatã

Quatro marcas são reprovadas e sete têm definição de extravirgem, mas não são.

Se você faz questão de comprar azeite de oliva, com certeza não vai gostar dessa notícia: a Associação de Consumidores (Proteste) testou 19 marcas de azeite extravirgem e constatou que quatro delas não podem nem ser consideradas azeites, e sim uma mistura de óleos refinados e menos da metade dos produtos avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem.

As quatro marcas que não podem ser consideradas azeite são Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real. E aquelas cuja definição está como extravirgem, mas são apenas virgens, são Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata. Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o maior número de fraudes contra o consumidor.

Os aprovados como extravirgem são as marcas Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor e Qualitá. Em seus teste eles provarem ser apenas virgem.

As propriedades antioxidantes do azeite de oliva são o principal atrativo do produto, devido ao efeito benéfico à saúde. Mas para que o azeite mantenha suas características, é importante que ele não seja misturado a outras substâncias. Os quatro produtos desclassificados pela entidade são, na verdade, uma mistura de óleos refinados, com adição de outros óleos e gorduras.

Em diversos parâmetros de análise, essas marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas, o que caracteriza a fraude. Outros sete não chegam a cometer fraude como esses, mas também não podem ser vendidos como extravirgens. A entidade ressalta que o consumidor paga mais caro, acreditando estar comprando o melhor tipo de azeite e leva para casa um produto de qualidade inferior.

A entidade vai notificar o Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da Agricultura, exigindo fiscalização mais eficiente. Nos três testes anteriores foram detectados problemas. Em 2002, foram avaliados os virgens tradicionais e foi encontrada fraude. Em 2007, a situação se repetiu com os extravirgens. Em 2009, uma marca que dizia ser extravirgem não correspondia à classificação. Para a Proteste, isso demonstra que os fabricantes ainda não são alvos da fiscalização necessária.

A importadora da marca Quinta D´Aldeia, a Sales, informou que foi notificada pela Proteste no último dia 4 e está buscando esclarecer "estas divergências" junto à entidade. A empresa também garantiu que o lote 80, utilizado pela Proteste para os testes, "encontra-se em consonância com a legislação, conforme laudo elaborado a pedido da empresa, razão pela qual se faz necessário analisar o suposto laudo na qual a reportagem se baseia". Disse, ainda, que está à disposição para realizar contraprova para comprovar o resultado do teste da entidade.

A Angel, importadora da marca Vila Real, ainda não retornou o contato da reportagem. As outras duas marcas não tiveram representantes localizados para falar sobre o assunto.

Informações O Globo/ Bahia no Ar

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