Saúde

Casos de demência devem quase triplicar até 2050, revela estudo

10 de Janeiro de 2022 - G1
[Casos de demência devem quase triplicar até 2050, revela estudo]

Em 2050, mais de 153 milhões de pessoas poderão ter demência, alertam pesquisadores em um estudo publicado na revista científica The Lancet Public Health

Em 2019, o número era de 57 milhões.

O aumento previsto deve-se em grande parte ao envelhecimento e ao crescimento da população. Mas o estilo de vida pouco saudável também contribui para o problema, afirmam os especialistas.

Altas taxas de tabagismo, obesidade e diabetes estão entre os fatores de risco que precisam ser tratados com urgência e são responsáveis por parte do aumento da projeção feita pelo estudo. A pesquisa, que analisa dados de 195 países, busca dar aos governos uma ideia de quais medidas podem ser necessárias.

A demência já é a sétima causa de morte em todo o mundo e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos. Mas a doença nem sempre é inevitável. Os pesquisadores dizem que houve melhoras no mundo, como no acesso à educação, que fizeram com que sua projeção de número de casos de demência para 2050 fosse reduzida em 6,2 milhões.

No entanto, outros fatores de risco levam a projeção no sentido oposto. Cientistas estão pouco otimistas sobre os efeitos da obesidade, alto nível de açúcar no sangue e tabagismo, que segundo eles devem aumentar em mais de 7 milhões de casos o número de doentes com demência até 2050.

"Precisamos nos concentrar mais na prevenção e no controle dos fatores de risco antes que eles resultem em demência", disse a autora principal do estudo, Emma Nichols, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington, nos EUA.

"Mesmo avanços modestos na prevenção da demência ou no retardamento de sua progressão trariam benefícios notáveis. Para a maioria, isso significa expandir programas locais apropriados e de baixo custo que apoiem dietas mais saudáveis, mais exercícios, parar de fumar e melhor acesso à educação."

O estudo prevê que os casos aumentarão (de 2019 a 2050):

  • No leste da África Subsaariana, de quase 660 mil para mais de 3 milhões, impulsionados principalmente pelo crescimento populacional
  • No Norte da África e no Oriente Médio, de quase 3 milhões para quase 14 milhões
  • Na região de alta renda da Ásia-Pacífico, de 4,8 milhões para 7,4 milhões
  • Na Europa Ocidental, de quase 8 milhões para quase 14 milhões
  • No Brasil, previsão é que passe de 1,8 milhão para 5,6 milhões

 

Foto: Reprodução

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