Política

Casa de ferreiro? Deputado diz que apoia mulheres na política mas se absteve de votar cotas

17 de Junho de 2015 - Diogenes Matos

É tão contraditório que o exemplo de Marinho não é o único. Os deputados Anibal Gomes (PMDB-CE) e Diego Garcia (PHS-PR) declararam apoio e, no final, votaram contra a causa. O mais curioso é uma deputada da bancada feminina que votou contra: Magda Mofatto (PR-GO). Outras cinco deputadas se abstivera

Parece que o ditado "Casa de ferreiro, espeto de pau" combina muito com o deputado federal Márcio Marinho (PRB). É que nesta terça-feira (16) foi votada uma emenda da PEC 182/207 que formaria uma cota de mandatos para as mulheres, ou seja, uma bancada feminina na Câmara e, para surpresa dos seus eleitores, os deputados que diziam apoiar à causa desapareceran. Uma curiosidade foi o caso do deputado Márcio Marinho, que inclusive gravou um vídeo pedindo o aumento do número de mulheres em Brasília, mas não votou no final. Eram necessários 308 votos para aprovar emenda na PEC 182/207, mas apenas 293 votos foram a favor do texto. Destes 15 votos que faltaram, estavam deputados que declararam apoio à causa, mas se juntaram aos 53 parlamentares que se abstiveram do pleito no plenário, entre eles o baiano Marinho. No site oficial da campanha “Mais Mulheres na Política”, Marinho aparece ao lado de outros parlamentares da Bahia, como Afonso Florence (PT), Bebeto Galvão (PSB), Daniel Almeida (PcdoB) e Waldenor Pereira (PT) entre os homens que declararam apoio à causa das mulheres com um vídeo. Os outros quatro, porém, registraram voto a favor da cota.   É tão contraditório que o exemplo de Marinho não é o único. Os deputados Anibal Gomes (PMDB-CE) e Diego Garcia (PHS-PR) declararam apoio e, no final, votaram contra a causa. O mais curioso é uma deputada da bancada feminina que votou contra: Magda Mofatto (PR-GO). Outras cinco deputadas se abstiveram do pleito. Segundo a emenda, haveria uma espécie de reserva de vagas para as mulheres nas próximas três legislaturas. Na primeira delas, de 10% do total de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas estaduais, nas câmaras de vereadores e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Na segunda legislatura, o percentual subiria para 12% e, na terceira, para 15%. As vagas deveriam ser preenchidas pelo sistema proporcional. Se a cota não fosse preenchida, seria aplicado o princípio majoritário para as vagas remanescentes. O início da movimentação pela cota no Parlamento começou com uma “pedida” de 50% de vagas. Como a possibilidade dos homens aceitarem a reivindicação era mínima, as parlamentares pleitearam uma reserva de 30% que, na última hora, caiu para 15%.

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