Após sucesso na Europa, Lula vira capa do El País da Espanha
21 de Novembro de 2021 - Revista Fórum
Em entrevista ao jornal espanhol El País, o ex-presidente Lula admitiu que está trabalhando na construção de sua eventual candidatura às eleições presidenciais de 2022
Lula, que fez sucesso em viagem na Europa, estampa a capa da edição de domingo (21) do tradicional El País.
“Tenho que voltar para recuperar o prestígio do Brasil”, é o que diz a chamada de capa do El Pais para a entrevista de Pepa Bueno e Lucía Abellán com Lula. Na conversa, o ex-mandatário admite que está construindo uma candidatura à presidência em 2022 e afirma que tem a noção de que não pode errar caso volte ao comando do país.
“Se eu voltar para a presidência, não posso fazer menos do que fiz. Por isso tenho um temor: não posso voltar para fracassar. Tenho que voltar para fazer o Brasil recuperar o seu prestígio internacional e que o povo possa comer três vezes ao dia”, declarou.
O ex-presidente disse que não assume que será candidato porque “não depende de uma vontade pessoal”. “Eu tenho que construir com outras pessoas e com outros partidos um programa para o Brasil. Tenho que fazer uma aliança, porque o importante não é apenas ganhar as eleições, é você governar”, apontou.
“Tenho uma responsabilidade dobrada. Porque todas as pesquisas mostram que o meu Governo é considerado o melhor Governo que já aconteceu no Brasil, foi o melhor momento de inclusão social, de inclusão nas universidades, de aumento de salário e geração de emprego. Os pobres e mais humildes também conquistaram a cidadania”, explicou.
Apesar de ter a expectativa de derrotar Bolsonaro em 2022, Lula tem a clareza de que a extrema-direita segue com força no mundo. “O populismo, o radicalismo de direita e o fascismo não estão numa fase descendente. Estão cada vez mais agressivos e crescem em vários pontos”, afirmou.

Encontro com primeiro-ministro da Espanha encerrou viagem à Europa
Um encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio de Moncloa, em Madri, nesta sexta-feira (19) encerrou a viagem de Lula à Europa.
“Espanha e Brasil compartilham fortes laços estruturais e permanentes em diferentes áreas. Hoje, encontrei-me com o seu ex-presidente, @LulaOficial, para tratar de vários assuntos de interesse comum, como a situação da pandemia, as mudanças climáticas e a recuperação econômica”, tuitou Sánchez com fotos com o petista.
A viagem do ex-presidente se tornou um dos principais assuntos políticos da semana. Lula tem mostrado que ainda possui forte prestígio internacional e, inevitavelmente, suas agendas com importantes lideranças políticas têm sido comparadas com o isolamento de Bolsonaro no mundo, especialmente na União Europeia.
Em sua passagem pelo Velho Continente, Lula teve mais encontros com lideranças políticas do que Bolsonaro teve, por exemplo, durante toda a sua passagem por Nova York para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ocasião em que, para muitos, o presidente passou vergonha. O ex-mandatário, durante as agendas, não tem economizado críticas ao governo, denunciando o negacionismo do titular do Planalto no âmbito da pandemia, a volta da fome no Brasil e a antipolítica ambiental do chefe do Executivo.
O petista, logo nos primeiros dias de viagem, se reuniu e arrancou elogios do provável futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, discursou e foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu, tendo se reunido ainda com a vice-presidente da casa legislativa, teve uma recepção calorosa na França, onde foi agraciado com o prêmio Coragem Política, da revista Politique Internationale, e almoçou com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
Encontro com Macron
O ápice da viagem, no entanto, se deu ao encontrar, para além das lideranças regionais, um chefe de Estado: Emmanuel Macron, presidente da França, que por sinal é desafeto de Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro foi recebido com pompa pelo mandatário francês, com direito a honrarias e marcha da Garde Républicaine, protocolo típico utilizado para receber chefes de Estado. Lula ainda tem reunião marcada com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
Enquanto tudo isso acontecia, Bolsonaro passeava com uma grande comitiva nos Emirados Árabes, onde, sem reuniões importantes, chegou a fazer uma “motociata”. Isso pouco depois de ir à Itália e ficar “perdido” no âmbito da reunião do G20.
Foto: El País
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