Política

Eleito, Lula vai rever acordo anunciado por Bolsonaro e Guedes do Mercosul com União Europeia

20 de Novembro de 2021 - Revista Fórum
[Eleito, Lula vai rever acordo anunciado por Bolsonaro e Guedes do Mercosul com União Europeia]

Segundo Jamil Chade, em seu blog no portal Uol, Lula avalia que o acordo foi um erro, usado meramente para Bolsonaro apresentar algum fato diplomática seis meses após ser eleito

Em seu giro pela Europa, onde encontrou chefes de Estado e lideranças políticas, o ex-presidente Lula (PT) prometeu que, caso seja eleito em 2022, vai rever o acordo fechado às pressas por Jair Bolsonaro (Sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entre o Mercosul e a União Europeia.

“Os parceiros europeus precisam entender que nós devemos exportar produtos acabados que tenham maior valor agregado para que possamos avançar”, disse. “Não queremos apenas exportar soja, milho e minérios“, emendou o ex-presidente.

O tratado, que ainda não passou pela aprovação dos parlamentos europeu e brasileiro, é extremamente danoso ao Brasil, que teria de limitar a exportação de produtos agrícolas. Por outro lado, a Europa teria acesso a setores estratégicos da economia brasileira em compras governamentais, serviços e propriedade intelectual.

Na pressa, Bolsonaro e Guedes convenceram os países da América a aceitarem cotas ridículas na área agrícola, como a de 99 mil toneladas na carne bovina, o que representa menos de 1% do que o Brasil produz. Em relação ao frango, a cota de 180 mil toneladas concedida ao Mercosul representa apenas 1,2% do consumo da UE. Com o açúcar, o porcentual se repete.

Encontro com Macron
O ápice da viagem, no entanto, se deu ao encontrar, para além das lideranças regionais, um chefe de Estado: Emmanuel Macron, presidente da França, que por sinal é desafeto de Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro foi recebido com pompa pelo mandatário francês, com direito a honrarias e marcha da Garde Républicaine, protocolo típico utilizado para receber chefes de Estado. Lula ainda tem reunião marcada com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Enquanto tudo isso acontecia, Bolsonaro passeava com uma grande comitiva nos Emirados Árabes, onde, sem reuniões importantes, chegou a fazer uma “motociata”. Isso pouco depois de ir à Itália e ficar “perdido” no âmbito da reunião do G20.

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