Política

Governo Bolsonaro volta atrás e revoga suspensão da reforma agrária

09 de Janeiro de 2019 - Redação Pernambués agora
[Governo Bolsonaro volta atrás e revoga suspensão da reforma agrária]

O Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) revogou, na noite de terça-feira(09/01), memorandos através dos quais ordenada a seus funcionários suspender todos os projetos de atribuição de terras no Brasil, na segunda semana do governo de Jair Bolsonaro

O presidente substituto do Incra, Francisco Nascimento, explicou, no novo documento, obtido pela AFP, que os documentos anteriores “foram elaborados e encaminhados por iniciava própria das duas diretorias e sem anuência da Presidência do Incra”.
Nascimento determinou a revogação deles, “considerando interpretação equivocada” que afetaria os processos de distribuição de terras.
Os documentos foram assinados em 3 de janeiro, dois dias após a posse de Bolsonaro, e divulgados pela imprensa na terça-feira. Eles ordenavam a suspensão de processos relacionados à reforma agrária até haver mais clareza sobre a situação do Incra – que passou da Casa Civil para o Ministério da Agricultura.
Um dos memorandos determinava “o sobrestamento [interrupção] no local onde se encontram, a partir desta data, de todos os processos de aquisição, desapropriação, adjudicação ou outra forma de obtenção em curso até ulterior deliberação por parte desta Diretoria”.
O Ministério da Agricultura, dirigido por Tereza Cristina, representante do agronegócio, também passou a ser encarregado da demarcação das terras indígenas, antes uma atribuição da Fundação Nacional do Índio (Funai).
O Incra é um organismo criado em 1970, em plena ditadura militar (1964-1985). Em quase meio século de existência, conseguiu assentar 1,35 milhão de famílias em 9.449 assentamentos que ocupam 89,4 milhões de hectares, segundo dados da entidade.
Bolsonaro foi eleito em outubro com forte apoio dos grandes proprietários de terra. Sua ministra da Agricultura, Tereza Cristina, era a líder da bancada ruralista na Câmara dos Deputados e sua pasta ganhou novas atribuições, como a demarcação de terras indígenas.
Em seu programa eleitoral, Bolsonaro propôs qualificar como atos “terroristas” as invasões de propriedades, uma arma de luta tradicional do MST.
Um recente informe da Oxfam destacou que em 2016, 1% dos latifundiários detinha 45% das terras agrícolas do Brasil.
A violência motivada por disputas de terra resultou em 71 homicídios em 2017, o maior balanço em 14 anos.

Comentários

Outras Notícias

[Suíca anuncia avanço do PL 4146 e reforça que profissionais da limpeza caminham para uma valorização histórica]
Política

Suíca anuncia avanço do PL 4146 e reforça que profissionais da limpeza caminham para uma valorização histórica

19 de Novembro de 2025

Pré-candidato destaca parecer favorável na CCJ, agradece apoio de deputados baianos e pede união para aprovação definitiva do projeto

[Anvisa suspende suplemento Ki-Fit-Turbo após registros de efeitos adversos graves]
Saúde

Anvisa suspende suplemento Ki-Fit-Turbo após registros de efeitos adversos graves

19 de Novembro de 2025

Foto: Reprodução Mercado Livre

[SCREAM Festival confirma 8ª edição gratuita em Salvador e destaca tendências para 2025 e 2026]
Cultura

SCREAM Festival confirma 8ª edição gratuita em Salvador e destaca tendências para 2025 e 2026

19 de Novembro de 2025

Foto: Divulgação

[Salvador alcança melhor desempenho do país na execução de recursos da Política Aldir Blanc]
Bahia

Salvador alcança melhor desempenho do país na execução de recursos da Política Aldir Blanc

19 de Novembro de 2025

Foto: Divulgação

[Brasil pode levar 16 anos para reduzir totalmente desigualdade racial na conclusão do ensino médio, indica estudo]
Educação

Brasil pode levar 16 anos para reduzir totalmente desigualdade racial na conclusão do ensino médio, indica estudo

19 de Novembro de 2025

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

[Bahia tem o 3° maior crescimento de empregos na Enfermagem]
Saúde

Bahia tem o 3° maior crescimento de empregos na Enfermagem

18 de Novembro de 2025

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil