Política

Supremo vota por manter Eduardo Cunha preso

15 de Fevereiro de 2017 - Diogenes Matos

Oito ministros do Supremo decidiram pela manutenção da prisão de Eduardo Cunha.

Oito votos no Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (15) pela permanência na prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados  Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha está preso desde outubro do ano passado em um presídio na região metropolitana de Curitiba por determinação do juiz federal Sérgio Moro, na Operação Lava Jato. A Corte julgou nesta tarde recurso protocolado pela defesa de Cunha, que alegou que Sérgio Moro, responsável pela prisão, descumpriu uma decisão da própria Corte. Os ministros acompanharam voto proferido pelo relator, ministro Edson Fachin. O ministro entendeu que não houve ilegalidade na decisão de Sérgio Moro. O entendimento de Fachin foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e da presidente, Cármen Lúcia. Único que votou pela soltura de Cunha, foi o ministro Marco Aurélio, que criticou a prisão cautelar de investigados na Lava Jato que ainda não foram condenados. Para o ministro, a prisão provisória foi generalizada durante as investigações. A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo, mas, após a cassação do mandato do parlamentar, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.

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