Proibição da realização de greve pelos professores gera bate-boca na Câmara de Vereadores de Camaçari
10 de Agosto de 2017 - Wesley Sobrinho
A greve dos professores da rede pública de Camaçari foi tema de divergências enérgicas durante a sessão realizada na Câmara de Vereadores de Camaçari na manhã desta quinta-feira (10). O motivo: uma moção de repúdio, proposta pela bancada de oposição, reprovando a proibição da realização de greve ou paralisação pelos professores do município.
O texto, intencionalmente elaborado para colocar a gestão municipal em xeque, causou inquietação entre os integrantes da base governista. Minutos antes do item ser submetido a aprovação, o líder do governo na Câmara, Jorge Curvelo, tentou intervir. Foi ter uma conversa de pé de ouvido, porém exaltada, com os petistas Téo Ribeiro e Jackson, na tentativa de fazê-los desistir da moção, mas não logrou êxito.
Eis o ipsis litteris da polêmica moção: “A tentativa de impedimento ao direito de greve dos Professores de Camaçari, em campanha salarial e vítimas da incapacidade de gerenciamento do funcionalismo público do nosso município”.
O vereador Marcelino (PT), um dos proponentes da moção, tentou dissipar a aparência ardilosa do texto. “Nossa moção de repúdio não é um ataque ao governo. É uma crítica pertinente, porque no momento em que recorreu a Justiça, abriu mão do diálogo. Começar uma gestão comprando briga com os professores, barrando o diálogo, não é nada bom. O prefeito disse durante a campanha que estaria ao lado dos servidores, mas não é isso que estamos vendo”, disse.
O vereador Flávio Matos (DEM) expôs sua opinião sobre a moção, qualificando-a como um jogo semântico. “É mera interpretação. Nós não vamos nos posicionar contra o direito de greve dos professores. E essa parece ser a intensão da bancada de oposição. Isso é politicagem, é desnecessário e nós temos que ter responsabilidade com o que apresentamos aqui”, disparou.
O vereador Zé do Pão (PTB) também criticou a proposta. “É moção sem inteligência, votarei contra”, disse. “O governo não quer retirar o direito dos professores de fazer greve e sim impedir que os 35 mil alunos do município tenham seu ano letivo prejudicado”, contribuiu Curvelo.
No final das contas, apenas os cinco proponentes da moção - os petistas Téo Ribeiro, Dentinho do Sindicato, Jackson, Marcelino e o aliado Binho do Dois de Julho (PCdoB) – votaram a favor. Com exceção do Bispo Jair (PRB), que preferiu se abster por entender que escolher entre alunos e professores não é o caminho para resolver o problema, e de Sessé Abreu, que não estava presente, todos se manifestaram contra a moção de repúdio. Resultado: a Casa Legislativa de Camaçari não é solidária aos professores no que se refere especificamente ao quesito “greve”.
Alheios à proibição, os professores da rede municipal de Camaçari decidiram iniciar, nesta quinta-feira (10), greve por tempo indeterminado.
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