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Operação da polícia usa mulheres infiltradas em ônibus para combater assaltos em Salvador

26 de Janeiro de 2017 - Aline Mendes

Dos 252 criminosos presos no ano passado, 126 foram pegos em ações desse tipo.

Para combater os assaltos em coletivos, policiais do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) da Bahia estão infiltrados como passageiros em ônibus, estações de transbordos e nos pontos. A maioria dos agentes disfarçados é formada por mulheres. As ações que envolvem policiais infiltrados são responsáveis por 50% das prisões realizadas pelo Gerrc nos últimos dois anos, quando a tática foi implantada. Em 2015, a unidade registrou 260 prisões, sendo 103 resultado do trabalho de infiltração. Em 2016, dos 252 presos, 126 foram pegos assim. O exemplo mais recente desse tipo de atuação foi a prisão de Cássia Kelly Conceição Vieira, 24 anos, capturada, anteontem, quando ela e o namorado e comparsa Joelbson Alves Rocha, 20, foram surpreendidos no Largo do Tanque tentando roubar um ônibus. Houve confronto e Joelbson acabou baleado nas nádegas. Ele fugiu, mas foi morto por bandidos rivais no Curuzu. Foi o trabalho de uma agente disfarçada que levou outros policiais do Gerrc ao casal. Como o Serviço de Investigação já sabia que a dupla atuava da Avenida San Martin até a Calçada, a policial ficou em um ponto no Largo do Tanque em que o casal costumava aguardar para fazer vítimas. O objetivo era fazer um levantamento, coletar informações. Segundo informações do delegado Nelis, levantadas pelo jornal Correio, mulheres são maioria no grupo dos policiais que atuam secretamente. Em grande parte das ocorrências, as infiltradas atuam nos ônibus, enquanto uma viatura da unidade não padronizada acompanha toda a ação a distância. À menor suspeita, elas entram em ação. “Usam o celular para passar as informações à guarnição que segue atrás, mas a conversa é codificada, imperceptível para a criminalidade, como se fosse uma informação trivial. Depois de passar o informe, elas descem e aí é a vez de a equipe agir”, contou o delegado Nelis. Como policiais civis, elas trabalham armadas. “Mas não vão para o confronto. Se houver necessidade, sim, mas não provocam e evitam ao máximo por conta do risco de morte entre os passageiros”, explica Nélis. Também é preciso manter o disfarce.

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