Marcelo Rezende foi tratado por médico que não tem licença, diz Record
02 de Outubro de 2017 - Diogenes Matos
Uma reportagem do programa da Record TV, apontou que Lair Ribeiro, cardiologista famoso por defender tratamentos alternativos, como a dieta cetogênica, não tem especialização no Conselho Estadual de Medicina de São Paulo (Cremesp). Nessa dieta, o paciente exclui carboidratos e açúcares da alimentação, o que, segundo Ribeiro, diminui os tumores.
De acordo com uma testemunha que participou de um encontro entre Rezende e Ribeiro, o médico disse que o jornalista deveria abandonar a quimioterapia e garantiu que, com a dieta cetogênica, ele estaria “definitivamente curado do câncer” até setembro.
Entretanto, Ribeiro não tem licença para realizar consultas ou receitar medicamentos no Estado de São Paulo. Por isso, ele indicou uma de suas alunas para tratar Rezende. O problema é que a aluna indicada, Kátia Yuri Nakazone, atende em uma clínica da cidade como ginecologista.
Todas as segundas-feiras, Rezende ia de sua residência em Barueri, região metropolitana de São Paulo, até Ribeirão Preto, no interior, onde ficava por alguns dias, para se tratar com Kátia. A profissional cobrava R$ 4.200 por dia e assinava, nas receitas prescritas ao jornalista, como especialista em medicina preventiva. Entretanto, em seus registros no Cremesp, não consta nenhuma especialização.
Conversas de Whatsapp e testemunhas, porém, mostram que Kátia não atuava no tratamento sozinha. Segundo registros obtidos pelo Domingo Espetacular, Ribeiro acompanhava o tratamento de perto: os dois se encontraram ao menos duas vezes pessoalmente e conversavam pelo telefone com frequência. “Os dois se falavam muito ao telefone, o Marcelo ligava e ele [Ribeiro] também ligava”, contou Didi, funcionária da casa do jornalista há 13 anos.
Em uma conversa do dia 19 de maio, a secretária de Ribeiro pede um endereço a Rezende para enviar-lhe um “material que o doutor Lair solicitou”. Em outro dia, Rezende enviou uma mensagem para Kátia questionando sobre uma enfermeira que não poderia comparecer, e a médica respondeu que iria verificar com Lair essa questão.
Em agosto, o jornalista mandou outra mensagem para a médica, dizendo que estava piorando e que já havia conversado com Lair sobre o assunto, ao que ela respondeu: “Falei com o doutor Lair. Pode fazer a banheira com dois copos de sal grosso ou do himalaia”.
O então apresentador do Cidade Alerta foi diagnosticado em maio. Após ser internado no Hospital Israelita Albert Einstein, passou por uma sessão de quimioterapia e ouviu dos médicos que a probabilidade de cura era de menos de 1%. Por isso, resolveu buscar um tratamento alternativo.
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