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Primeiro de abril: No dia da mentira, Bolsonaro mente de novo

01 de Abril de 2020 - Redação Pernambués agora
[Primeiro de abril: No dia da mentira, Bolsonaro mente de novo]

Bolsonaro já espalhou cerca de 400 fake News, nas redes sociais o primeiro de abril está sendo conhecido como “Bolsonaro Day”.

Primeiro de abril: No dia da mentira, Bolsonaro mente de novo

Bolsonaro já espalhou cerca de 400 fake News, nas redes sociais o primeiro de abril está sendo conhecido como “Bolsonaro Day”.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou esta quarta-feira (01/04) divulgando uma mentira em seu Twitter.
O presidente postou o vídeo de um trabalhador que reclama da falta de movimento no Ceasa de Belo Horizonte (MG).
“A culpa disso aqui é dos governadores. Porque o presidente da República está brigando incessantemente para que haja uma paralisação responsável”, explicou o autor do vídeo-selfie.
A reportagem da rádio CBN foi ao local da filmagem e constatou que não há desabastecimento. Segundo a rádio, o vídeo teria sido feito no último sábado (28/03).
"A informação não procede. Não há desabastecimento. Na verdade, está sobrando alimentos", disse a direção do Ceasa à CBN.
O Site Pernambués Agora e o parceiro Cabula Agora separaram algumas das mentiras do Jair desde sua posse, lembrando que o presidente já publicou cerca de 400 Fakes News.

-"Não há dúvida. Partido Socialista... Como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional Socialista da Alemanha" em visita a Israel em abril de 2019

O presidente ecoou declarações de seu chanceler, Ernesto Araújo, e afirmou após deixar o Museu do Holocausto, em Israel, que o nazismo foi um movimento de esquerda. O centro de memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, visitado por Bolsonaro, define o nazismo como movimento radical de direita, que cresceu em meio à situação política na Alemanha pós-Primeira Guerra Mundial.
-"Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo. Agora, passar fome, não" durante café da manhã com jornalistas estrangeiros, em julho de 2019.
A fome ainda é uma realidade para milhões de brasileiros. Segundo o Datasus, 15 pessoas morreram de desnutrição por dia em 2017. Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) estimam que havia cerca de 5 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no país entre 2016 e 2018. Mais tarde, Bolsonaro amenizou a fala e reconheceu que "alguns passam fome".´
-"Em 2009, 2010, teve crise semelhante, mas, aqui no Brasil, era o PT que estava no poder e, nos Estados Unidos, eram os Democratas, e a reação não foi nem sequer perto do que está acontecendo no mundo todo" em entrevista à CNN Brasil no dia 15 de março de 2020.
O surto da gripe A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, ocorreu de março de 2009 a agosto de 2010. A gripe matou 18.449 pessoas em 214 países, segundo balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde), que classificou a doença como pandemia global em junho de 2009. No Brasil, o ministério da Saúde registrou 59.867 casos e 2.173 mortes. O vírus influenza H1N1 apresentava menor transmissibilidade e menor letalidade que o Sars-Cov-2, que já infectou mais de 840.000 pessoas e provocou mais de 41.000 mortes em todo o mundo. Por isso as autoridades de saúde têm recomendado o isolamento social para combater a Covid-19.

-"Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho" em pronunciamento em rede nacional, em 25 de março de 2020.
 Ao contrário do que declarou Bolsonaro, que tem 65 anos e integra o grupo de risco, um passado de vida fisicamente ativa não garante imunidade contra doenças. Além disso, é impossível prever como seria o quadro de uma infecção em qualquer pessoa, ainda mais uma nova. Sobre a Covid-19 ser uma "gripezinha", ainda que possa causar sintomas semelhantes a uma gripe, a nova doença se diferencia tanto pelo tempo de manifestação dos sintomas, de 2 a 14 dias após a o contato com o vírus (o chamado período de incubação), quanto no agravamento do quadro, que ocorre de forma gradativa e, em casos extremos, pode levar à falência dos órgãos. A Covid-19 já matou mais de 41.000 pessoas em todo o mundo, e infectou mais de 840.000.

"O tratamento da Covid-19, à base de hidroxicloroquina e azitromicina, tem se mostrado eficaz nos pacientes ora em tratamento. Nos próximos dias, tais resultados poderão ser apresentados ao público, trazendo o necessário ambiente de tranquilidade e serenidade ao Brasil e ao mundo" em postagem no Twitter, em 25 de março de 2020.]

 Ainda há um longo caminho antes de declarar que o remédio, usado por pacientes com malária, lúpus e artrite, possa ser indicado para a doença. A substância será testada, junto com outras, por estudo internacional da OMS que busca identificar drogas que possam ajudar no tratamento da Covid-19.

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