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Bolsonaro culpa surto de coronavírus por alta de dólar

28 de Fevereiro de 2020 - Redação Pernambués agora
[Bolsonaro culpa surto de coronavírus por alta de dólar]

O dólar superou os R$ 4,50 pela primeira vez na história. Dentre as principais moedas globais, o real teve o terceiro pior desempenho do pregão

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) culpou na quinta-feira (27) o surto do novo coronavírus nela nova alta do dólar.

“Estamos tendo problema nesse vírus aí, o coronavírus. O mundo todo está sofrendo. As Bolsas estão caindo no mundo todo, com raríssimas exceções. O dólar também está se valorizando no mundo todo, e no Brasil o dólar está R$ 4,40. A gente lamenta, porque isso aí, mais cedo ou mais tarde, vai influenciar naquilo que nós importamos, até no pão, o trigo. Vai influenciar”, disse durante transmissão ao vivo.

Ele ressaltou ainda que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o caso, mas negou que interfira na atuação do Banco Central, responsável pela política monetária e comandado pelo Roberto Campos Neto.

“Tenho falado com o Paulo Guedes, eu não interfiro na questão do Banco Central, quando vende dólar ou não vende, eu não interfiro. Falo com o Paulo Guedes se a política é essa mesmo e eu tenho que confiar nele. E vou continuar confiando nele, ele faz a política econômica, ele que entende do assunto. O problema agora do dólar, a culpa é do coronavírus, paciência”, afirmou.

A cotação da moeda americana vem sendo influenciada pelo avanço do coronavírus fora da China. Nesta quinta-feira (27), o dólar fechou em alta de 0,6%, a R$ 4,477, novo recorde nominal (sem levar em conta a inflação).

Na máxima da sessão, o dólar superou os R$ 4,50 pela primeira vez na história. Dentre as principais moedas globais, o real teve o terceiro pior desempenho do pregão. No ano, a divisa brasileira tem a pior performance, com queda de 11,5% ante o dólar.

O surto da doença, que já tem pelo menos um caso confirmado no Brasil, também levou à queda do Ibovespa. A Bolsa brasileira fechou em baixa de 2,6% –a quarta seguida– a 102.983 pontos, menor patamar desde 10 de outubro de 2019.

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